POLÍTICA E POLITICAGEM POR MARCELO MARTINS DE MOURA

Ah, a política… tão necessária!
Ah, a politicagem… tão agressiva, suja, e nociva!

As duas não deveriam caminhar juntas. Mas, infeliz e costumeiramente, o que ocorre é bem diferente disso. Aqui acolá, as vemos de mãos dadas. Difícil até, é tentar separa-las. Muitos não concebem a distinção entre ambas.

Na Idade Média, os suseranos compravam vassalos; no Brasil Colonial, os senhores feudais compravam escravos, na politicagem de hoje, o candidato rico compra apoiadores – vereadores e vereadoras -. Daí em diante, de posse dessas “mercadorias”, o dono delas, faz o que bem entende. Afinal pagou pra isso.

A cada dois anos, vemos vereadores e vereadoras na prateleira da politicagem. À venda, serão comprados por quem melhor pagar. E O COMPRADOR/FORASTEIRO, chegou! Nada mais importa. Gratidão, respeito, consideração e reconhecimento, entram no campo do desuso. Eles foram apreçados e comprados. E parece que o valor foi o mesmo pra todos. Não houve individualidade. Nenhum currículo foi observado. O comprador os apreçou como “mercadorias”. Pagou – como se diz no interior, um pelo outro – e os arrematou. Como num leilão da indecência e da imoralidade, o comprador levou pra casa um lote de pessoas.

Foi isso que aconteceu com um grupo de vereadores/vassalos que, doravante, devem obediência ao suserano. Também pudera. O cara pagou! O cara é o dono! Com a “mercadoria” dele, fará o que melhor lhe convier.

Pois bem, SEU MESTRE MANDOU… denegrir a imagem de qualquer pessoa, que represente óbice para o projeto politico dele, ou que, simplesmente, não o apoie. E o alvo nem precisa ser candidato. SEU MESTRE MANDOU e pronto! Ele, o comprador e forasteiro, nada conhece da terra a qual é recém chegado. Por isso, precisa de pessoas que sejam daqui. Como ele não as tem, espontaneamente, ele, rico, objetivamente, AS COMPRA.

Comandadas agora pelo seu novo dono, as “mercadorias”, por óbvio, tendem a obedecê-lo. E essas mesmas “mercadorias”, nem se deram conta de que as suas próprias vidas, pregressas e atuais, profissionais e pessoais, não são… por assim dizer… nenhum um exemplo de retidão, moralidade e/ou conduta politicamente corretas.

Dessa postura irresponsável e, talvez, desesperada, dos vassalos, irão derivar algumas consequências. A primeira delas – que já aconteceu – foi o desfazimento de algumas longas amizades. Laços gratuitos e despretensiosos foram rompidos, para nunca mais se atarem. Contudo, em nada isso importa. SEU MESTRE MANDOU, vamos atacar.

Pobres vassalos, ainda não enxergaram que pessoas não devem ser apreçadas, pessoas devem ser valorizadas. Quem afixa uma etiqueta na própria testa, com a inscrição, a exemplo: eu valho R$ 150.000,00, divididos em suaves parcelas, não merece respeito nem, MENOS AINDA, O VOTO DE NINGUÉM. Quem prima por valores, não se apreça.

Eu almejo ver a política feita com seriedade, probidade e respeito. Respeito por quem deveras merece: o povo, de quem realmente emana todo o poder. Eu sonho com um eleitor crítico, consciente e independente. Esse eleitor votará no candidato que apresentar os melhores projetos para A COLETIVIDADE. Esse eleitor, claro, NÃO VOTARÁ, em “mercadorias” que, a cada biênio, sobem na prateleira da politicagem. De igual maneira esse eleitor TAMBÉM NÃO VOTARÁ, no comprador das “mercadorias”.

Eu NÃO VOTAREI EM IMPORTADOS/ FORASTEIROS.
Eu NÃO VOTAREI EM “MERCADORIAS”.
E respeito quem pensa diferente.
Meu nome é Marcelo Martins de Moura.
Sou filho de Lúcia Martins de Moura.
Sou irmão de Felipe Moura.
EU VOTAREI EM FELIPE MOURA!
EU VOTAREI EM ZÉ FIGUEIREDO!

Redação

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